O GALO  MÚSICO E  A  GALINHA  DE  OURO

Na roça era comum
Ter um galo diferente
Que dobrasse o seu canto
Prendendo a atenção da gente

 

Para ter um galo assim

Pega ovos a colocar

No ninho de uma galinha

Para ela poder chocar

 

Depois de vinte e um dias

Em um dia de Natal

A galinha e a ninhada

Aparece no quintal

 

Dentre os frangos se escolhe

Do seu jeito de cantar

Qual será o galo músico

Com seu canto a dobrar

 

Fica o dono do terreiro

Para as galinhas cobrir

Mas tem uma amarelinha

Que não se afasta dalí

 

Está sempre a seu lado

Rodando a cacarejar

E o galo ciumento

Não deixa outro chegar

 

É a galinha de ouro

Pelo jeito, pela cor

Pelo ovo que ela bota

Saboreiam o seu sabor

 

Quando eu vivia na roça

Procurava observar

A vida dos animais

Que era comum se criar

 

Hoje tenho saudade

De tudo que lá deixei

Gostaria de voltar

Mas, se é possível, não sei!

 

                                      Francisco Alves Siqueira