sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Camundongo e a Lagartixa

De repente vejo um vulto
Se arrastando que nem bicha
Rabo em pé, meio espantada
Tive pena da coitada:
Uma esguia lagartixa

Indaguei comigo mesmo
Será fome, será sede?
Que a fez mudar o caminho
Com o seu rabo fininho
Não procurou a parede!

Tanto olhava para trás
Que até me supreendeu
Fui sutilmente olhar
Para não lhe espantar
E outro bicho não deu

Um pequeno camundongo
Que na porta ultrapassou
Fazendo barulho e força
Assustou aquela moça
Que até o caminho errou

Contemplando aqueles dois
Não querendo desfazer
A cena que me prendia
Olhando então eu pedia
Pra nenhum dos dois correr

Aí a lagartixa
Resolveu retroceder
Olhando cizuda pro outro
Que pulava como um potro
Procurava se esconder

O recanto era exíguo
Não deixaram pra depois
Se um correndo fugia
O outro fugindo corria
Que gracinha ver os dois!

Quando dei conta de mim
Entre eles eu estava
Naquela louca agonia
Um pulava outro grunhia
Eu quase pisoteava

Felizmente um subiu
Na parede e foi embora
O outro encontrou a porta
Que passou e foi de volta
Mas, me deixaram esta estória.

Nenhum comentário:

Postar um comentário